O Dia de Santo Valetim de Terni é comemorado no dia 14 de fevereiro em homenagem ao “padroeiro” dos namorados (ou patrono do amor).
Assim como vários outros santos da igreja, nós não temos muitas informações históricas a respeito dos seus primeiros anos de vida. Sua história “começa” após a sua consagração em 197 como bispo da diocese de Terni, em Valentim (algumas fontes sugerem que o seu nome tenha em vindo justamente da sua cidade – a qual ele foi o primeiro bispo e fundador).
Valentim era um homem simples e modesto, e praticamente toda a sua vida foi dedicada para a igreja. O seu único outro “trabalho” conhecido era o de jardineiro. De acordo com a tradição, ao lado de sua igreja existia um bonito jardim o qual Valentim cuidava sempre que podia.
Durante seus serviços como bispo, Valentim costumava a cuidar dos doentes e também costumava aconselhar todos os casais de sua região. Um dos seus feitos mais conhecidos era a sua capacidade em ajudar os casais a se reconciliarem. Essa é uma das razões pelo qual São Valetim é reconhecido como “padroeiro dos namorados”.
Outra razão pelo qual ele é também é reconhecido como “padroeiro dos namorados” é porque durante o seu tempo como bispo ele lutou para que os soldados romanos pudessem se casar. Essa estranha “lei” foi criada por Claudio II, o imperador Romano da época.
Suspeita-se que o motivo principal para essa lei ter sido decretada era que os soldados solteiros não lutavam com bravura. E assim que se feriam, voltavam para as suas terras em busca de uma esposa. Após o seu casamento, os soldados romanos (de acordo com o imperador) não se arriscavam mais, e passariam a lutar com ainda menos vigor para que suas vidas fossem preservadas.
Valentim ao ter conhecimento dessa lei, acabou julgando-a injusta e equivocada. E então, na sua pequena cidade, Valentim continuou realizando casamentos e continuou incentivando que qualquer homem pudesse ter o seu direito de casar, independentemente da lei criada por Claudio II.
Pouco tempo depois da lei decretada, o temido imperador romano acabou descobrindo das práticas do bispo. Pouco tempo depois, Claudio II decretou a sua prisão.
Como um ato de fé e também como um ato de sua total devoção a sua religiosidade, Valentim demonstrou para o imperador que o casamento é uma união sagrada que deveria ser mantida na sociedade, e que deveria ser direito de qualquer homem e de qualquer mulher. Valentim também explicou que o casamento é a manifestação de Deus, e que após essa união os dois corpos viram um.
Com suas respostas, Valentim conseguiu surpreender o próprio imperador e também ao povo que ficou sabendo de sua convicção e da sua fé. Mesmo com o impacto positivo, Valentim acabou sendo condenado a uma prisão domiciliar – que aconteceu não em sua casa, mas na casa de um prefeito de Roma. Nessa “prisão”, o padre foi obrigado a conviver com uma cultura pagã completamente diferente da sua.
Após esses acontecimentos, pouco se sabe sobre a vida de Valentim. O que se sabe é que Valentim também tinha o dom da cura, e por essa razão ele havia sido chamado para ajudar a tratar os enfermos em Atenas, na Grécia.
Chegando lá, além de ter ajudado a curar os homens da região, Valentim também acabou convertendo algumas figuras importantes, como o famoso filósofo grego Crato. Essa conversão foi praticamente a sua sentença de morte, já que pouco tempo depois o imperador Aureliano mandou que decapitassem o bondoso bispo.
Sua morte aconteceu no dia 14 de fevereiro de
273, e sua canonização aconteceu anos mais tarde.