O Dia de Santa Joana é comemorado no dia 12 de maio, em homenagem à bela moça, que possuía título princesa, dotada de caráter gentil e totalmente dedicada a ajudar o próximo.
Sua atitude de abrir mão do trono, inclusive recusando-se a muitas ofertas de casamento com príncipes e nobres, fez com que entregasse sua força e energia a atender as necessidades do próximo.
Bem jovem, com apenas dezenove anos, decidiu passar a viver no Convento de Odivelas, juntamente com outras mulheres empenhadas e com o mesmo propósito. Após alguns anos, mudou-se para Aveiro, especificamente para o Mosteiro de Jesus.
Sua permanência por lá, até sua morte, é o motivo de ser intitulada padroeira de Aveiro, cidade de Portugal.
É curioso como uma menina, nascida princesa, pode abdicar de toda sua vida de conforto e privilégios para dedicar-se à simplicidade e ao voluntariado.
Seu pai, D Afonso V, e sua mãe D Isabel, eram os regentes da coroa portuguesa, quando Joana nasceu, no dia 6 de Fevereiro do ano de 1452.
Sua mãe faleceu quando Joana tinha quatro anos de idade, motivo que influenciou ainda mais no desenvolvimento sua personalidade forte e decidida.
Joana e seu irmão ficaram aos cuidados de Beatriz, uma senhora dedicada temente a Deus e solidaria com os necessitados.
Apesar das insistências do seu irmão e de seu pai em providenciar um casamento que fosse vantajoso para o reino, Joana sempre resistia e recusava a submissão.
Já bem cedo, muitos pretendentes se apresentavam, pois além de sua doce personalidade, era digna de grande beleza física.
Joana tinha somente um irmão, chamado João, que mais tarde tornou-se rei de Portugal, com o nome de João II. Ela sempre manteve-se ao seu lado, aconselhando-o em suas decisões.
Contudo, seu irmão, enquanto príncipe, não concordava que a irmão usasse o hábito, tão pouco participasse das rigorosas exigências das monjas.
Determinada, impunha seus desejos de penitência e benevolência acima da nobreza. Um fato curioso é o uso de uma coroa de espinhos, ao invés da coroa real.
Apesar de Joana nunca ter, de fato, concretizado o status de freira, era fervorosa na proclamação de sua fé.
Suas atitudes compreendiam:
· A penitência
Por muitas vezes Joana passava a noite orando incessantemente pela sua cidade e pelo seu povo. Apesar de usar vestes reais, utilizava silício, um material que tornava a roupa pesada e com aumento de temperatura.
Praticava frequentemente o jejum para entender as necessidades dos próximos. E a sua marca, que a diferenciava das outras pessoas religiosas era registrada com o uso da coroa de espinhos.
· O seu maior ato
Santa Joana, a protetora generosa, com a intenção de atender a todos, possuía um livro onde anotava todos os nomes das pessoas que precisavam de ajuda, e em quais dias deveria providenciar os alimentos, roupas e dinheiro para ajudar essas famílias.
Eram detalhes minuciosos sobre qual eram suas maiores necessidades. Por essa atitude, todos a reconheciam como a grande protetora dos desamparados, doentes, presidiários e religiosos.
Outra atitude de Joana era seu ritual de lavagem de pés, rigorosamente no dia antecedente a sexta-feira santa, trazia para o castelo, doze mulheres humildes e carentes. Procedia ao ritual lavando seus pés, depois entregava presentes, comida e dinheiro.
A princesa portuguesa, que decidiu entregar um mínimo de conforto para as pessoas carentes, foi oficializada bem aventurada em 1693, através do reconhecimento durante o papado de Inocêncio XII.
Sua vida foi retratada por um célebre artista renascentista, que pintava com riqueza de detalhes todas as suas ações.
Joana faleceu muito jovem, com apenas trinta e oito anos de idade no seu último refúgio, em Aveiro, em 1490, dia 12 de Maio, data estabelecida para celebrar e prestar-lhe homenagens a sua vida, que apesar de curta, foi marcante.