O Dia de São Vitor de Braga é comemorado no dia 12 de abril pela Igreja Católica em homenagem ao catecúmeno que sofreu o martírio antes de ser batizado, que viveu no século III da Era Cristã.
Não existem registros históricos sobre a vida de São Vítor de Braga. Tudo o que se conhece são tradições que foram passadas verbalmente desde a época em que se pressupõe que tenha vivido e que receberam registro escrito apenas a partir de 899, ou seja, mais de 400 anos depois de sua morte.
Sabe-se, pela tradição portuguesa, que Vitor era ainda um jovem catecúmeno, nos primórdios da Igreja, que teria nascido em Braga, Portugal, no final do século III. Viveu, portanto, na época das perseguições ordenadas por Maximiano ou por Diocleciano, antes que a Igreja tivesse seu reconhecimento oficial.
Vitor ainda não era um cristão, ou seja, não havia sido ainda batizado, mas estava se preparando para a celebração litúrgica. As tropas romanas, ao descobrir algum cristão, o obrigavam a prestar culto aos deuses romanos e Vitor não escapou a essa determinação, sendo obrigado a fazer sacrifícios à deusa Ceres.
Como não aceitasse a determinação romana, foi preso a uma árvore e açoitado. Ainda resistindo às ordens romanas, teve seu corpo rasgado por lâminas de espadas em brasa e, finalmente, decapitado.
Em Portugal existe uma pequena aldeia com seu nome, presumivelmente o local de seu nascimento ou martírio, próximo a Braga. Nessa aldeia, foi construída, em 1686, por iniciativa do Arcebispo de Braga, dom Luís de Sousa, uma capela em honra ao santo, projeto do engenheiro francês Miguel L’Ecole, com azulejos atribuídos ao artista espanhol Gabriel Del Barco e Minusca.
A Igreja é hoje tombada pelo patrimônio histórico de Portugal, fazendo parte de um roteiro de antigos monumentos e edificações. O santo é padroeiro da aldeia e ainda hoje reverenciado por seu amor aos ensinamentos de Cristo e sua fé cristã.