O Dia de Santo Irêneo de Sírmium, ou Irineu de Sírmio, é comemorado na Igreja Católica no dia 25 de março. O santo foi martirizado no século IV, no Império Romano então sob o governo do imperador Diocleciano.
Irêneo era bispo de Sírmium, na antiga região denominada Panônia, atualmente Mitrovica, na Hungria. Sobre sua vida não existem muitos dados, exceto sobre sua condenação por ser cristão e por ter sido levado à presença do governador da Hungria, um homem chamado Probo.
Sabe-se que Irêneo havia se casado, mas, ao assumir o sacerdócio, tornou-se celibatário, já uma exigência da Igreja daqueles tempos.
Para entender melhor a histórica, devemos nos voltar para Diocleciano e sua perseguição aos cristãos. Diocleciano era um homem de origem humilde e casou-se com Prisca, uma mulher cristã, como sua filha, Valéria. Entrando para o exército, Diocleciano teve a oportunidade de mostrar como era realmente, ganancioso e astuto, passando a controlar todo o Império Romano por volta de 285.
O imperador, para se firmar no trono, passou a trazer de volta o antigo culto aos deuses romanos, começando a perseguir e a matar os cristãos, entre eles Irêneo de Sírmium.
Probo, o governador da Hungria, seguia as regras de Roma. Pessoalmente interrogou e condenou muitos cristãos, mas, diante da firmeza de Irêneo, que se recusava a oferecer sacrifícios aos deuses, ficou intrigado, não entendendo porque os cristãos não esboçavam qualquer ação para salvar suas próprias vidas.
O governador tentou tudo o que podia para que Irêneo mudasse de ideia. No entanto, diante de tanta recusa, mandou que o bispo fosse amarrado a um cavalete, onde foi torturado. Como não ouvisse qualquer reclamação ou gemidos, mandou buscar todos os membros de sua família que, ao redor do cavalete, lhe pediam que abrisse mão de sua condição de cristão.
Resistindo, Irêneo foi levado de volta ao cárcere, onde passou por espancamento durante vários dias. Novamente levado à presença do governador, continuou sua negativa. Probo mandou que fosse jogado ao rio, mas Irêneo reclamou que não admitia ser tratado de outra forma que os outros cristãos e exigiu ser passado ao fio da espada.
Diante do que considerou uma insolência, Probo mandou que o decapitassem. Sua morte ocorreu no dia 25 de março de 304.