O Dia de São Júlio I é comemorado no dia 14 de abril em homenagem ao papa que dedicou a sua vida para defender a Igreja Católica dos arianos.
Em relação aos anos iniciais da vida de Júlio, poucas informações foram documentadas. Sua família, infância, data de nascimento e várias outras informações não são encontradas a seu respeito. O que sabemos é que Júlio era de origem romana, e o início do relato de sua vida acontece com a documentação dos seus atos após ter se tornado papa da Igreja Católica no ano de 337.
Esse período da história do catolicismo é marcado pela liberdade que foi concedida pelo imperador Constantino. Os cristãos já não eram mais perseguidos e toda a religião já era aceita pelas autoridades e até mesmo por parte da sociedade romana da época.
Ainda assim, a igreja não estava livre de “ameaças”. Várias outras “vertentes” do cristianismo estavam tomando forma. Já estavam se desenvolvendo naquele momento o donatismo (seita cristã que pregava que os pecadores não deveriam ser perdoados e nem admitidos pela igreja), o arianismo (que pregava uma espécie de negação à divindade de Cristo) e o puritanismo moral, que estava se tornando uma verdadeira ameaça para os reais cristãos, em meio a toda hipocrisia que se formava.
Com a morte do imperador Constantino, os sucessores ao império romano acabaram seguindo os partidos que possuíam a visão arianista em relação ao cristianismo. Esses acontecimentos poderiam colocar em risco todo o cristianismo e até mesmo toda a Igreja Católica, que entendia que Cristo era um homem que estava em comunhão total com Deus.
Para combater essa pressão política, Júlio tomou a ação de proteger Atanásio, que era uma importante figura para o Império Romano e que havia sido expulso pelos arianos de sua sede patriarcal. Esse evento foi decisivo para que os laços entre a Igreja Católica e o patriarca de Alexandria se estreitassem a ponto de encontrarem uma ajuda mútua - já que ambos acreditavam que Cristo não era meramente um homem.
As investidas de Júlio deram certo e em pouco tempo ele foi capaz de condenar o arianismo dentro da igreja e dentro das outras instituições católicas em função de um sínodo realizado com bispos de toda a região. Após esses acontecimentos, Atanásio foi reabilitado para a igreja e recebeu todo o tipo de apoio para que a Igreja de Alexandria continuasse firme (ela até mesmo recebeu o baluarte da ortodoxia cristã).
Além de ter sido um importante personagem político, Júlio também teve um papel fundamental na propagação do cristianismo pela Europa. Ele construiu várias igrejas em Roma e também deu aval para a construção de várias outras instalações de “apoio” a igreja.
Em 352, após quinze anos de “serviços” dedicados
exclusivamente à direção da igreja católica, Júlio vem a falecer. Sua veneração
e canonização só veio a acontecer no século VII e até hoje ele é reconhecido
como uma das figuras mais decisivas e importantes dentro do catolicismo.