O Dia de São Castrense é comemorado no dia 11 de fevereiro.
São Castrense, segundo a tradição católica, viveu no século V. O santo é muito venerado na cidade de Castel Volturno, na província de Caserta, na Itália, onde ainda hoje sua estátua é levada em procissão em agosto, às margens do rio Volturno, sendo conduzida pela cidade até a igreja principal.
Castrense é lembrado e comemorado em 11 de fevereiro, embora não se tenha ideia da data de sua morte.
Segundo a tradição, Castrense, ou Castrese, foi bispo de Castel Volturno, embora subsistam informações de que tenha sido bispo de Sessa Aurunca, tendo falecido entre o seu povo depois de celebrar uma missa.
Os poucos registros sobre São Castrense dão conta de que ele fazia parte de um grupo de bispos africanos que, durante o século V, desembarcaram na região de Campânia para escapar à perseguição dos vândalos, liderados por Genseric, que invadiu e se estabeleceu na África, ao longo da costa do Mediterrâneo.
A versão correta sobre os reais acontecimentos da vida de São Castrense sempre foram motivo de discussão e pesquisa. Suas relíquias, no entanto, foram transferidas, antes do século XII, de Sessa Aurunca para Caputa e, mais tarde, foram levadas pelo último rei da Sicília, Guilherme II o Bom, para Monreale, cidade onde a devoção ao santo ainda é mantida.
Na região da Campânia muitas igrejas foram dedicadas a São Castrense, havendo também datas diversas para as festividades a ele dedicadas, como o dia 29 de dezembro, em Capua, e o segundo domingo de maio, em Monreale, data de transferência de suas relíquias.
Castrense era bispo de Cartagena, atual Tunísia, na África. Durante a invasão dos vândalos, ele teria sido lançado ao mar, junto com outros sacerdotes e fieis, dentro de um navio desprovido de remos, leme e vela. O intuito, certamente, era que morressem afogados, mas, milagrosamente, todos sobreviveram, desembarcando na Itália próximo a Nápoles.
Segundo alguns registros, São Castrense imediatamente continuou sua missão apostólica, tendo se tornado bispo e ainda acumulando as funções do bispado de Sessa, conduzindo os dois rebanhos de fieis com grande zelo e amor paternal.
Os registros afirmam que Castrense era humilde e carismático, caridoso e penitente, havendo informações sobre episódios milagrosos, como a libertação de um homem possuído por forças demoníacas e o salvamento de um navio cheio de passageiros durante uma grande tempestade.
Sua fama de santidade já o acompanhava em vida, quando morreu como mártir, passando a ser venerado por toda a população de suas dioceses e de outras cidades próximas, chegando a ser venerado inclusive na África.
Suas relíquias estão hoje na capela anexa à Catedral de Monreale, em uma urna de prata com uma placa com a inscrição: São Castrense, eterno baluarte da cidade de Monreale.
As mais recentes informações sobre as pesquisas feitas sobre sua vida são de 1881, quando foram encontradas pinturas do século VII, retratando São Castrense nas duas dioceses sob seu comando, ao lado de outros mártires da mesma época e na mesma região. As pinturas estão localizadas na gruta de Calvi, próximas a Monreale.
Hoje ainda encontramos os efeitos de sua presença na Catânia, nas diversas igrejas e no convento feminino beneditino erguido ao lado da Catedral.