O Dia de Santo Elígio é comemorado no dia 1º de dezembro.
Santo Elígio, também conhecido como Santo Elói, é padroeiro dos joalheiros e ourives, e tem seu dia de comemoração em 1° de dezembro, data de sua morte, no ano de 660.
Elígio nasceu em 588, de uma família nobre galo-romana, e foi artesão em Limoges, onde começou sua vida profissional como aprendiz do superintendente, mestre na cunhagem de moedas do rei Clotário II.
Em virtude do caráter de Elígio e de sua honestidade, o rei o incumbiu de construir o seu próprio trono. Com o ouro recebido para a construção, Elígio conseguiu construir dois tronos, mostrando sua honestidade. Esse fato trouxe-lhe a promoção para chefe da casa da moeda, juntamente com o ourives oficial do rei.
Manteve sua postura na profissão de ourives e conseguiu grande prestígio. Elígio foi autor de diversas moedas, que levavam sua própria assinatura, e chegou a ser o cunhador oficial da moeda em Marselha.
Depois da morte de Clotário II, seu sucessor, Dagoberto I, manteve suas funções e ainda lhe deu mais uma incumbência: a missão de conselheiro e diplomata. Assim, conseguiu exercer ambos os cargos, ocorrendo diversas situações em que era ele próprio quem se encontrava com emissários estrangeiros, antes que esses se encontrassem com o rei.
A posição de Elígio chegou a evitar muitos conflitos em virtude do caráter e do destempero emocional do soberano, não só na vida pública. Elígio também intervinha na vida privada do soberano, sobre o qual manteve uma boa influência, sempre apaziguando os ânimos.
Além de suas funções junto à realeza, Elígio ainda conseguiu tempo para dedicar-se a obras de caráter caridoso, ligadas à Igreja, o que lhe valeu a nomeação para Bispo de Noyon e Tournai. Mesmo com essa atribuição, preferia fazer o trabalho junto às obras de caridade que havia fundado.
Uma de suas obras foi o mosteiro em Solignac, além de um convento para mulheres em Paris, que se seguiu de muitos outros. Também apoiava o trabalho missionário, sempre mostrando sua generosidade para com os carentes, conseguindo a colaboração de Santa Batilde, de quem se tornou grande amigo.
Ainda existem obras artísticas de ourivesaria atribuídas a Santo Elígio, o diplomata e artífice, como relicários que são verdadeiras preciosidades artísticas. Santo Elígio, diz a tradição, foi responsável pelos relicários feitos para as igrejas de São Germano de Paris, São Piat, São Severino, Santa Camba e Santa Genoveva. Segundo a tradição, também o túmulo de São Dinis foi guarnecido com trabalhos de ourivesaria de Santo Elígio.
Além de seu trabalho na Igreja e como ourives, Santo Elígio também foi grande benemérito, sendo responsável pela libertação de escravos e levando o conforto a prisioneiros.
No ano de 639 demitiu-se de todos os cargos e voltou-se exclusivamente para a vida eclesiástica. Sua fama chegou a ser tanta que existe ainda hoje um mosteiro em Arrás sobre uma colina que leva seu nome. As atividades de Elígio tiveram influência não só na França, mas ultrapassando fronteiras e chegando à Holanda, à Suécia e à Dinamarca.
Sua morte ocorreu em 659, com 71 anos de idade, na Holanda, onde estava em missão evangelizadora.